quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O que é uma escola democrática?


Tosto (2018) considera que uma escola democrática se baseia em princípios democráticos, na democracia participativa, dando direitos de participação iguais para estudantes, professores e funcionários. Os alunos são os atores centrais do processo educacional, enquanto os adultos surgem como facilitadores das atividades do processo educacional, de acordo com interesse dos estudantes.
É aquela que abre um espaço de escuta para os grandes protagonistas do processo de aprendizagem: os alunos. Por trás de um aluno desatento, pouco interessado ou desleixado há toda uma história de vida e processos singulares que os tipificam enquanto sujeitos único.
Nesse sentido, considerar a cultura dos educandos, seus conhecimentos prévios é fundamental.
Pensar em estratégias de avaliação que realmente contemple o processo de construção dos educandos e não somente o produto final, me parece imprescindível. Para além das provas que medem apenas o quantitativo, atribuem e notas e valoração aos sujeitos, precisamos encontrar meios que efetivamente valorizem a caminhada, as trocas, o diálogo, as reconstruções e saberes que são construídos por nossas crianças e adolescentes.

Na proposta pedagógica da Escola Democrática a avaliação é feita de forma continuada a partir da auto-avaliação. Também há Planos de aula (o que pretende saber e como proceder), relatório constando suas descobertas e jornal, com a publicação dessas; ata de assembléia – que ocorre semanalmente e é composta por alunos, pais, profissionais de educação e demais agentes educativos para resolver os problemas da escola em conjunto; quadro de solicitações de orientação; disponibilidade para ajudar os colegas; comparação entre o plano de atividades e impressões do trabalho realizado no dia.” (TOSTO, 208, p.4)


Referência:
TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.

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Alfabetização de adultos: ainda um desafio

Hara (1992) elucidou de forma clara e coerente a realidade da educação de jovens e adultos, contextualizando de maneira rica os desafios encontrados por docentes e estudantes. Os resultados de tais questões são levantados pela autora ao apresentar dois pontos que explicam os fracassos.
O primeiro deles é a ordem social que está intimamente ligada a estrutura social em que vivemos, uma sociedade que exclui e marginaliza as camadas mais pobres. A esses, a escolarização toma um lugar de segundo plano em detrimento ao trabalho e a luta pela sobrevivência. Esse aspecto fica evidente em alguns vídeos onde muitos deixaram os estudos pela necessidade de trabal
O segundo aspecto abordado é a ordem interna ao próprio projeto- o ato de alfabetizar. Com uma estrutura precária, há falta de materiais, poucas condições de trabalho além da falta de conhecimentos dos docentes em relação a EJA.

Referência:
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.



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Lev Semenovich Vygotsky


Lev Semenovich Vygotsky- formado em Direito (1896-1934), foi outro importante teórico que contribuiu com a educação. Acreditava que o desenvolvimento da estrutura cognitiva humana é um processo que acontece na apropriação da experiência histórica e cultural.  
O desenvolvimento e aprendizagem são processos concomitantes, independentes e recíprocos. Concebia o homem como sujeito de seu conhecimento, não tem acesso aos objetos e eventos. Este acesso é mediado pela linguagem.
O professor, em sua teoria, é visto como o mediador do processo ensino-aprendizagem. A ação docente acontece dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal. Para isto é necessário que o professor conheça os saberes dos alunos, planejar o processo de aprendizagem com o objetivo de atingir o potencial do aluno em um processo de  construção do conhecimento.
O professor nunca deve abrir mão da reflexão sobre sua prática pedagógica e deve encorajar o aluno a assumir a responsabilidade por sua própria aprendizagem.


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Jean Piaget

 A teoria de Jean Piaget-Pesquisador e filósofo suíço (1896-1980), foi outro ponto significativo trabalhado na interdisciplina de Linguagem e Educação. As contribuições desse teórico sócio interacionista foram e são de grande valia no campo educacional.
Para ele o desenvolvimento cognitivo e afetivo acontece em estágios sequenciais, que são: Sensório-Motor (0-2anos); Pré-Operatório (2-7anos); Operatório Concreto   (7-11anos) e Operatório formal  (11-15anos ou mais).
A aprendizagem está condicionada ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e seus estágios. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem tem acesso direto aos objetos e eventos.
Ao professor cabe pensar e desenvolver as situações de aprendizagens que sejam ao mesmo tempo compatíveis com o estágio do desenvolvimento cognitivo no qual o aluno se se encontra e representem um desafio aos mesmos.

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Henry Wallon


Na interdisciplina de Linguagem e Educação estudamos a teoria de Henri Wallon, pesquisador e professor francês (1879-1962). Este acreditava que o desenvolvimento cognitivo e afetivo acontece em estágios de maneira descontínua, a partir do potencial genético, inerente a espécie, e a fatores ambientais e socioculturais. Os estágios são: Impulsivo-emocional; Sensório-motor e projetivo; Personalismo; Categorial; Puberdade e Adolescência.
Postulou que o desenvolvimento e a aprendizagem são diretamente influenciados pelos aspectos culturais e orgânicos de cada indivíduo. E, enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos  e eventos. Este acesso é mediado pela afetividade.
Ao professor e a escola cabe conhecer o contexto no qual a criança está situada, a sua história, pois isto trará maior possibilidade de compreensão da inter-relação entre o desenvolvimento dos domínios afetivo, cognitivo e motor.


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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Os desafios da interdisciplinaridade


Japiassu (1994)  nos convoca a pensar sobre a questão da interdisciplinaridade e quanto esta provoca medo e recusa. Por vezes acreditamos que nosso conhecimento está pronto, ou seja, que já sabemos ou dominamos determinado assunto ou área. Todavia, estamos em constante aprendizagem, pois essa se inicia com a nascimento e se finda somente com a morte. Nesse sentido, a formação continuada é muito importante.
Muitas escolas com um ensino tradicional e fechados prendem-se a cartilhas ou livros didáticos apenas, esquecendo-se das inúmeras possibilidades de propostas para além dos livros. Enquanto educadores, precisamos problematizar essas questões e ir além do convencional e daquilo que já está dado.

Referência:


JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.)

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A importância da inovação



Penso que as inovações pedagógicas são ações de grande relevância nos contextos educacionais- do ensino básico ao superior. Todavia, há uma certa lacuna nessa parte por falta de conhecimento ou de vontade de alguns docentes que se encontram cristalizados em seus saberes e práticas. Por vezes, sair do terreno conhecido e se arriscar em novas práticas utilizando a ampla gama de tecnologias disponíveis, hodiernamente, nem sempre é tarefa fácil.  Conforme Cunha (2004, p.11)
A alternativa escolhida para uma intervenção que valorize a prática pedagógica inovadora do professor, foi a pesquisa. Acreditamos que a investigação pode, ao mesmo tempo em que produz conhecimentos, favorecer a formação. Isso porque o professor, ao ser instigado a falar sobre suas concepções e experiências, organiza seu pensamento e utiliza a narrativa como processo reflexivo.

Referência:

CUNHA,   Maria   Isabel   da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.


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Inovação pedagógica


Através da leitura do mapa conceitual, por sinal muito bem estruturado, fica claro uma série de conceitos sobre a inovação pedagógica, principalmente em contextos onde imperam o empirismo com princípios positivistas da ciência moderna que fundamentam a forma tradicional de ensinar e aprender. Forma essa que se constitui através da repetição, memorização e padronização.
A inovação pedagógica surge como uma ruptura paradigmática a esse modelo ultrapasso e excludente. Para além de uma inclusão de novidades (inclusive as tecnológicas), pressupõe reconhecer a validade do indeterminismo, do aleatório, da probabilidade, do acontecimento como princípios epistemológicos próprios da complexidade dos fenômenos naturais e socioculturais.
Dessa forma, a inovação que fundamenta a inovação pedagógica,  se dá através da ação humana sobre o ambiente e o meio social, transformando as circunstâncias e afetando diretamente os lugares, tempos e espaços.



Mapa conceitual inovação pedagógica e tecnologias

Alguns pressupostos da teoria de Decroly


Trabalho com educação infantil, onde as aprendizagens ocorrem nas sutilezas do cotidiano. Conforme as Diretrizes Nacionais da Educação Infantil (2009, p. 25): “As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira [...] 
A revista Nova Escola (2018) coloca que os conceitos de necessidade e interesse são fundamentais na teoria decrolyana. A necessidade gera interesse e só este leva ao conhecimento. Além disso, coloca as quatro necessidades básicas dos seres humanos: comer, abrigar-se, defender-se e produzir. E, por fim explica que as atividades nesta perspectiva têm por objetivo desenvolver três atributos: a observação, a associação e a expressão.

Bibliografia:
DECROLY, Ovide. O primeiro a tratar o saber como um sóDisponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-pratica-em-foco>. Acesso em 24 jul 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.