Todos os anos, milhares de crianças,
jovens e adultos sofrem com o “fracasso escolar”. Um sintoma que mascara uma
série de outros fatores que necessariamente estão implicados nesse processo.
Nesse sentido, precisamos levar em consideração a história vital do sujeito,
sua modalidade de aprendizagem, o contexto familiar e social, a metodologia de ensino, dentre outros.
A maneira como a
escola lida com o fracasso escolar de seus alunos é fundamental para que ocorra
um possível sucesso. As concepções que carregam sobre o processo de ensino/aprendizagem,
de criança, de sujeito cognoscente, afetam diretamente os sujeitos envolvidos.
Enquanto professores
atuantes nos mais diversos níveis de ensino é fundamental que tenhamos um olhar
atento e apurado para cada aluno. Considerar suas especificidades, sua maneira
de aprender, dinamizar as aulas, tornando-as atraentes é importantíssimo.
É imprescindível conceber o aluno como um todo não fragmentado. Para
além do ver, precisamos olhar nossas crianças com maior seriedade e
responsabilidade.
Afinal, enquanto a
escola se eximir de seu papel de promotora de saúde no aprender, continuaremos
a elevar o número de fracassos escolares.
O fracasso escolar, vivido por muitas crianças, pode ser pensado
então como a emergência, a visibilidade de uma articulação entre um sintoma
social e um sujeito. Pensar que o fracasso escolar seja um sintoma social não
seria de todo desarrazoado, e tal pensamento faria uma convergência com a idéia
de um fracasso escolar produzido pelas relações que se dão no interior da
instituição escolar. (KUPFER, 2000, p. 130)
Precisamos trabalhar
a partir daquilo que o aluno já sabe, de seus conhecimentos prévios. Valorizar
a bagagem cultural das crianças, trabalhar a partir do potencial e não da
lacuna. Deixemos de lado as velhas concepções de aluno fragmentado, muitas
vezes, divido entre corpo e mente.
Referência
KUPEFER, Maria Cristina. Educação para o futuro: psicanálise e educação. São Paulo: Escuta, 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário