Uma
das importantes constatações realizadas nos primeiros semestres do curso foi a
percepção da diferenciação do ver e o olhar, proposto pela interdisciplina de
“Seminário Integrador III”. Para além da teorização, esse conhecimento foi
levado para minha prática, enquanto educadora de infâncias.
O ver
é tão importante quanto o olhar, mas é uma forma de percepção mais
despreocupada. Vejo muitas coisas no meu dia a dia. No entanto, guardo comigo
aquelas que me foram mais significativas ou marcantes, ou seja, os
acontecimentos, fatos, histórias para as quais atribui um olhar diferenciado.
O
olhar é muito mais cuidadoso, profundo, carregado de significantes que acaba os
significando. O olhar envolve subjetividades, percepções sensíveis, aquilo que
há de mais bonito do ser humano.
Portanto,
fui aprendendo a ver para além do que estava dado, do óbvio, do superficial,
tanto no que se referia aos contextos quanto na individualidade de cada criança.
E, assim com o passar dos dias fui me tornando uma boa “olhadora”, pois somente
o ver não me bastava.
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