sábado, 4 de novembro de 2017

Reflexões sobre a deficiência


O fazer educativo é um desafio diário. Atender e compreender uma infinidade de alunos marcados pela sua individualidade, especificidades e modalidades de aprendizagem próprias- são tarefas que o professor deve dar conta.
Apesar de não trabalhar enquanto professora com alunos com necessidades especiais, tive essa experiência na clínica na época em que atuei como psicopedagoga. Penso que em muitos casos, o acompanhamento psicopedagógico seja fundamental para que os sujeitos aprendentes- com deficiência ou não-  possam superar suas dificuldades, e aqui me refiro as dificuldades de aprendizagem.
Ver os sujeitos a partir de suas possibilidades, concebendo-os como um todo, não focalizando apenas em suas lacunas ou déficits, são ações fundamentais no que se refere ao professor verdadeiramente inclusivo. Além disso, a inclusão deve fazer parte da escola, do seu projeto político pedagógico, vivenciado na prática.
Trabalhar questões de empatia, respeito ao outro e aceitação das diferenças devem ser projetos permanentes no contexto escolar inclusivo. Todavia, no cotidiano escolar nem sempre é isso que ocorre.
Falta de acessibilidade, de preparo e formação continuada para o atendimento de aos alunos com necessidades especiais, políticas públicas ineficazes, dentre tantos outros aspectos ajudam a legitimar as desigualdades e falta de respeito e comprometimento com o outro- em especial quando o outro é portador de alguma deficiência.
(...) a presença de preconceitos e a decorrente discriminação vivida, ainda com mais intensidade pelos significativamente diferentes, impedindo-os muitas vezes, de vivenciar não só seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar plenamente sua própria infância. (AMARAL, 1998, p. 12)

Não raro, contamos com um discurso lindo nas escolas no que se refere a inclusão, mas na prática, o máximo que ocorre é uma integração. Perpetuam-se preconceitos, estigmas e estereótipos que pouco dizem sobre os sujeitos com necessidades educativas especiais.

Referência
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilo e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação in Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas/ Coordenação de Julio Goppa Aquino. São Paulo: Summus, 1998.

Resultado de imagem para deficiencia

domingo, 29 de outubro de 2017

Reflexões acerca do impacto das redes sociais na vida das pessoas

Indubitavelmente, estamos vivendo numa sociedade marcada pelo individualismo e egocentrismo. Nesse sentido, assistir o vídeo: “O impacto das redes sociais na vida das pessoas”, proferido por Leandro Karnal foi interessante para um melhor entendimento da sociedade na qual estamos inseridos.
Conforme Karnal comentou, estamos vivendo a era do indivíduo, onde o EU absoluto ocupa papel central, atravessado por estrutura narcísica. O ser humano se torna cada dia mais intolerante, impaciente, apressado sem se permitir uma pausa para reflexão e contemplação- ações tão importantes ao logo da vida. E isso se reflete na escola.
Consumimos num ritmo enlouquecedor, desejamos exacerbadamente. Vivemos num mundo líquido, tal como afirma Bauman, e em consequência disso, nossa forma de se relacionar também se tornou um tanto quanto fluída, assim como se apresenta nas redes sociais.
Nesse sentido, podemos dizer que as redes sociais são o reflexo de uma série de questões que marcam nossa sociedade pós-moderna. Elas nos oferecem excesso de informações as quais não fazemos uma leitura apurada, reflexiva e crítica, uma ampla gama de “amigos” com os quais podemos nos conectar ou desconectar com facilidade, dentre tantos outros aspectos. 



A Educação de Pessoas com Necessidades Especiais- histórico e avanços

A disciplina de “Educação de Pessoas com Necessidades Especiais” tem sido muito rica e significativa. Parabenizo as professoras pela escolha do vídeo: “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil”, bem como o texto: “ História Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência” para dar início aos nossos estudos e reflexões. Quanta riqueza guardam esses materiais os quais me prenderam a atenção e me levaram a realizar uma leitura minuciosa.
Confesso que não conhecia a história das pessoas com deficiência, muito menos o seu movimento no Brasil. Conforme foi apresentado no vídeo, até 1979, os deficientes eram invisíveis na sociedade brasileira, vivendo institucionalizados ou reservados ao ambiente familiar.
O apanhado histórico realizado foi muito significativo retomando essa trajetória histórica desde o Brasil Imperial, ressaltando a criação do Instituto Benjamin Constant. Ali dava-se o início ao processo de inclusão das pessoas com deficiência visual na sociedade, ainda que fosse numa lógica assistencialista.
Precisamos ressaltar que houve um avanço significativo no Brasil no que se refere a conquista de direitos as pessoas com deficiência, mas há um longo caminho a percorrer para que de fato essas pessoas sejam incluídas na sociedade de maneira plena. No contexto escolar, na maioria das vezes, o que ocorre é uma integração e não uma inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais.
O texto fez uma belíssima retomada histórica - desde a Pré-História, passando pela Antiguidade, Idade Média, Idade moderna e, Idade Contemporânea, contextualizando a trajetória do atendimento a pessoa com deficiência. A partir dessa leitura, é possível compreender todo o histórico de sofrimento, negligência e invisibilidade que essas pessoas passaram ao longo dos anos.
Todavia, também é possível entender que com a empreendimento de esforços, e muitas lutas legitimaram- se como atores sociais. Muito já foi feito em termos de avanços e conquistas de direitos, mas precisamos prosperar ainda mais.

Resultado de imagem para história pessoas com deficiência


Referência:
História Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência Texto retirado de: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.



Povos indígenas: conhecer para compreender

É fato constatável que há um desconhecimento muito grande no que se refere a cultura indígena. Dessa forma, assistir o vídeo: “ Povos indígenas: conhecer para valorizar”. Foi rico e elucidador de muitas verdades prontas e acabadas que acabamos consumindo e reproduzindo.
Com uma riqueza de falas de diferentes especialista e estudiosos da cultura indígena, foram apresentadas quatro ideias equivocadas sobre os indígenas. A primeira delas é a de que: “Índio é tudo igual”. Sendo assim, os especialistas relatam que temos inúmeras etnias no Brasil, que cultuam deuses diferentes, com línguas e especificidades culturais próprias.
O equívoco dois se refere a seguinte questão: “Índio é atrasado e primitivo”, sendo que esquecemos que carregam saberes seculares que foram e são transmitidos oralmente de uma geração a outra. Saberes ricos e carregados de significados que os tipificam dentro de uma cultura singular.
O terceiro equívoco é o de que o: “Índio parou no tempo”. A ideia romantizada que perpetua acerca dos povos indígenas é equivocada e não condizente com a realidade.
Assim, precisamos levar em conta a noção de história e de tempo, tendo a visão de que a cultura indígena não é algo estático ou congelado. E, por fim é introduzido o quarto equívoco de que: “Índio é passado”. Compreender a historicidade desse povo, tendo um olhar atento e apurado para o índio contemporâneo são ações fundamentais.





Cultura afro brasileira e indígena


Apesar de contarmos com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que concedem a obrigatoriedade da cultura afro brasileira e indígena no âmbito escolar, não é assim que ocorre na prática. Trago essa fala da minha própria experiência como professora ao longo de anos.
Muitas vezes, essas temáticas tão importantes e essenciais ficam relegadas ao esquecimento, sendo lembradas apenas nas datas comemorativas como Dia do Índio e da Consciência Negra. Nesse sentido, não generalizando, mas em grande parte das escolas- são feitos trabalhos pobres e descontextualizados.
Essas culturas ricas e imprescindíveis para compreendermos os diferentes contextos culturais da humanidade, aquilo que nos diferencia e nos une enquanto seres da mesma espécie, aquilo que significa e traduz muitos de nossos hábitos e atitudes- é deixado de lado. Não raro nos deparamos com discursos e concepções rasas, superficiais, estigmatizadas e preconceituosas.

Resultado de imagem para cultura afro brasileira e indígena

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Oficina de produção textual

Escrever textos nunca foi tarefa fácil ou terminada em si mesma. Dos desafios de compor uma escrita coerente e sustentada por um referencial teórico consistente, se encontram os problemas de muitos graduandos e graduandas.
Conforme a professora Ivani de Souza Àvila comentou em aula, a palavra texto advém de tecer palavras. Tecer palavras é quase como uma arte que exige reflexão, (re) construção e autoria de pensamento.
Para além de mero repetidores, necessitamos criar nossos saberes e teorias sobre aquilo que nos circunda. O fazer docente nos impele a autoria, a nos posicionarmos crítica e reflexivamente.
Todavia, nem sempre é isso o que acontece. No cotidiano escolar, não raro, nos deparamos com professores estagnados, desanimados, e pouco criativos em seus fazeres e práticas. E quando o assunto envolve escrita, muitos demostram repulsa, alegando “não saber escrever”.
Nesse sentido, são poucos os que se atrevem a “tecer palavras” com gosto e prazer. Dessa maneira, me pergunto: como um professor que não gosta de escrever pode despertar em seus alunos tal paixão e encantamento pelo mundo da escrita?
Portanto, acredito que a oficina de produção textual, proposta pela professora Ivani de Souza Ávila foi de grande valia. Através dessa proposta simples, pudemos vivenciar processos criativos de produção escrita, saindo de uma perspectiva de um “não saber” para uma abertura de possibilidades no mundo das palavras.

 Resultado de imagem para escrita



sábado, 2 de setembro de 2017

A docência na educação infantil: enfrentando preconceitos


Ser professor nunca foi uma função fácil, seja na educação básica ou superior. O nível de complexidade que esse fazer exige é grande: planejar, executar, perceber os modos de aprender e aprimorar seus modos de ensinar, refletir, perceber as especificidades de cada aluno, dentre tantos outros.
Nesse sentido, poderíamos dizer que ser professor é um eterno desafio, afinal trabalhamos com seres humanos onde as interações e relações se fazem presente diariamente.  Além do que à docência ainda é muito desvalorizada no território brasileiro.
Professores mal remunerados, por vezes tendo que trabalhar sessenta horas semanais, falta de prestígio e respeito, são apenas alguns exemplos que retratam o cenário educacional, no que se refere ao professorado no Brasil. Todavia, o professor de educação infantil (que atende a faixa etária dos 0 aos 6 anos), enfrenta maiores dificuldades. Conforme Barbosa (2016, p.132): “Uma docência que se caracteriza por ser indireta, por ser relacional, por não ministrar aulas, por não estar centradas em conteúdos disciplinares, por estar com as crianças e não controlando-as”.
Com uma docência bastante particular e ainda sendo desvendada, o educador infantil, passa por uma série de preconceitos, que desfazem o seu importante papel na formação da sociedade. Digo isso por experiência própria que ao longo de minha trajetória enquanto professora da infância tive que ouvir inúmeras barbáries, tais como: professora de educação infantil só brinca; só cuida; é fácil pois não tem grandes desafios...
Desta maneira, trago a importância dos professores- em especial os de educação infantil- se empoderarem de seu saber e de seu fazer. Nesse sentido, é de extrema relevância a formação continuada, a reflexão e a reconstrução de saberes ao longo de sua trajetória profissional.


 Nenhum texto alternativo automático disponível.A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

REFERÊNCIA
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Três notas sobre a formação inicial e a docência na Educação Infantil. In:CANCIAN, Viviane Ache; GALINA, Simone Freitas da Silva; WESCHENFELDER, Noeli (orgs).  Pedagogia das infâncias, crianças e docências na educação infantil. Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2016.


domingo, 16 de julho de 2017

Projeto Político Pedagógico


O projeto político pedagógico é um documento importantíssimo na escola. Nele estão contidas a proposta da escola, suas concepções, seu histórico, a contextualização dentre outros aspectos. Dessa forma, podemos afirmar que o PPP é o retrato da escola.
A legislação propõe aos profissionais da educação a elaborarem seus documentos de maneira coletiva, a partir de uma perspectiva democrática. Assim, todos são convidados a participarem desde a sua concepção, até execução e avaliação.
Segundo  a professora Ilma Passos, especialista no assunto, o PPP possui quatro grandes objetivos: a identificação, a inovação, a politização e a avaliação. Nesse sentido, o Projeto deve gerar a identidade da escola; deve inovar, saindo de uma perspectiva controladora e transmissora de conhecimentos, assumindo um papel politizador além de avaliador a partir do momento que desenvolve a capacidade de se auto avaliar.



O professor é um eterno pesquisador


O exercício da docência nos exige uma postura de reflexão, estudo e pesquisa contínua. É necessário que exista uma gratificação pelo saber, não só do aluno como também do professor, que a priori deveria ser um eterno pesquisador e consequentemente um eterno aprendente.
Dessa forma, um professor que reproduz um sistema educacional tradicional não se autoriza a pensar, pois como bem pontua Freire (2006, p. 29):

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

Dessa maneira, afirmo que todo o processo de aprendizagem exige um esforço de ambas as partes, já que acredito em uma Pedagogia Relacional, marcada pelo ir e vir entre sujeito e objeto.
Esforço esse que provoca modificações nos nossos modos de ser, de estar e de perceber o mundo a nossa volta. A aprendizagem, sem dúvida, nos modifica por inteiro, formando novas teias de conhecimentos num processo inacabado e infinito ao longo de nossa existência.

REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia- Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.






Lutemos por uma escola democrática



Uma escola democrática, para além da eleição de diretores, caracteriza-se por ser um espaço onde as relações interpessoais acontecem de forma saudável. A convivência entre os membros se dá de forma respeitosa, horizontal e democrática.
Nesse sentido, podemos afirmar que a educação só se faz se for democrática. Uma das tarefas primordiais da escola é criar situações que promovam o interesse, a curiosidade e o encantamento dos alunos pelo conhecimento, de modo que aos poucos, vão reconstruindo seus saberes e ampliando horizontes.
A relação entre aluno e professor deve ser permeada pelo respeito as singularidades e modalidades de aprender. Do mesmo modo, os docentes devem ter um olhar e  uma escuta apurados, no sentido de enxergar o discente de maneira global, principalmente quando trabalhamos com bebês e crianças bem pequenas.
Os órgãos colegiados garantem a efetiva participação de todos e descentralizam o poder das mãos do diretor. Com isso, abre-se espaço para o debate, para discussão e questionamento, visando a melhoria da qualidade da educação.








Analisando blogs/ portfólios

Realizar a análise dos blogs foi uma tarefa de retomada das aprendizagens que demandou tempo, dedicação, análise e reflexão. Das aprendizagens que obtive realizando esse trabalho, trago a importância da reflexão na construção de textos.
A reflexão, a revisão, a reconstrução e a relação entre teoria e prática é fundamental nas postagens do blog/portfólio. Para além, de uma simples atividade, o blog deve ser um momento de retomada do que foi aprendido, de rever nossa prática, visando uma melhoria no nosso fazer docente.
Outro aspecto relevante é pensarmos sobre que tipo de texto que estamos elaborando: se é descritivo, questionador, reflexivo ou outra categoria. A maneira como escrevemos, a finalidade e o conteúdo que abordamos é fundamental para a elaboração de postagens relevantes e de boa qualidade, o que gerará interesse ao leitor.

Sobre a gestão democrática


As relações horizontais contribuem para institucionalizar uma cultura organizacional democrática pois há uma descentralização do poder e da figura do diretor. Nesse sentido, as decisões são tomadas de maneira compartilhada, visando o bem-estar social. Assim, cria-se uma relação de respeito, solidariedade e escuta aos diferentes participantes do meio escolar, a partir de um princípio democrático.
 O gestor escolar tem um papel decisório na gestão democrática. É ele que exercerá a função de liderança, propondo estratégias para qualificar o bom andamento da instituição escolar. Todavia, necessita desenvolver a empatia e a escuta, partindo de uma relação horizontal.
 Para a escola organizar e garantir a elaboração coletiva e a implementação do PPP e do Regimento Escolar pode-se propor momentos de reunião com os pais, professores e funcionários. Dessa maneira, todos terão a oportunidade de participar.
 Flexibilizar esses momentos também é importante no sentido de adequar aos horários das famílias, garantindo uma maior participação. Dessa forma, em conjunto, podem analisar a realidade escolar, definir prioridades e construir a identidade da escola.
 Uma gestão democrática favorece a aprendizagem escolar e o desenvolvimento dos alunos na medida em que apresenta um olhar diferenciado e individualizado para cada aluno, escutando-os, respeitando seus conhecimentos, promovendo a cidadania. 


E, o Projeto Sai da "Toca amigo!" continuará no segundo semestre...

A Experiência de realizar o projeto de aprendizagem: “Sai da toca amigo!”, foi fantástica! Tanto foi o interesse e a motivação das crianças que o mesmo terá continuidade no segundo semestre quando retornarmos do recesso escolar.
A cada novo dia os “pequenos” descobriam novas possibilidades no pátio da escola e também ao seu redor, que conta com um espaço verde belíssimo. Com isso, o tema não se esgotava e as crianças- curiosas e pesquisadoras natas- davam vitalidade a nossa pesquisa.
Um momento único e de grande aprendizagem para os alunos e para mim, enquanto professora. Além do que as aulas e o aporte teórico dado pelas professoras forem de grande valia para fundamentar minha prática, promovendo momentos de reflexão e análise.
Das etapas que se seguiram para a composição e realização do projeto (metas), destaco a importância do professor, em especial o de educação infantil que trabalha com bebês e crianças bem pequenas, estar atento aos sinais, que muitas vezes não são verbais mas acontecem nas brincadeiras ou outros momentos da vida cotidiana, que a criança dá.
Serão justamente esses sinais, que indicarão os interesses de investigação dos “pequeninos”. Nesse sentido, o olhar e a escuta cuidadosa é uma capacidade que os docentes devem aperfeiçoar ao longo de sua trajetória, pois isso denota respeito aos interesses do educando e a sua bagagem de conhecimentos.
Sem dúvidas, o projeto de aprendizagem é uma excelente metodologia de ação pedagógica pois conforme coloca Fagundes (2006, p.30):
O desenvolvimento de um projeto de aprendizagem consiste na busca por informações que esclareçam as indagações de um sujeito sobre a sua realidade. Essas indagações se manifestam por inquietações advindas de suas vivências e necessidades em conhecer e explicar o mundo. O objetivo é o desenvolvimento de um processo de aprendizagem que alcance a construção de novos conhecimentos, em que o aprendiz possa sistematizar informações ampliando sua rede de significações, possa reestruturar o raciocínio lógico sobre os novos significados enquanto elabora sínteses de respostas descritivas e explicativas para sua curiosidade.


REFERÊNCIA

FAGUNDES, Léa da Cruz et al. Projetos de aprendizagem uma experiência mediada por ambientes telemáticos. Revista Brasileira de Informática na Educação Volume 14 - Número 1 - Janeiro a Abril de 2006