sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Entre os muros da escola: um encontro com a felicidade

Costumo dizer que a infância é a etapa mais bela e poética da vida. Tempo de sonhar, acreditar no impossível, fantasiar e viver essa fantasia, brincar, ser feliz! Tenho o privilégio de trabalhar com a educação infantil e a partir daí que escreverei meu relato.
As crianças por si só, já trazem consigo a felicidade e são justamente elas que compõe o cenário educacional, junto dos professores e demais funcionários da escola. Não estou tirando com isso o direito a tristeza da infância, o que absolutamente comum, pois faz parte do processo da vida.
Nessa riqueza de um encontro imprevisível, com múltiplos atores, com diferentes especificidades, experiências e culturas é que está a alegria da escola. Aprendemos, compartilhamos, trocamos, experienciamos, tentamos, fracassamos, construímos, reconstruímos práticas e saberes baseados numa pedagogia relacional.
As interações entre os pares da mesma idade, das crianças maiores com as menores, nos professores com alunos e demais funcionários, criam um ambiente riquíssimo para que aprendizagem aconteça em todos os momentos da vida cotidiana. No cotidiano nada é banal e as práticas cotidianas fazem parte do currículo na educação infantil.
Percebo a felicidade está nas delicadas tessituras da infância, como por exemplo – o pequeno menino que encontra um tesouro no pátio em meio as pedrinhas do chão. Ou quando, a menina que até então usava fraldas consegue fazer suas necessidades no penico e sente-se muito feliz e gratificada com sua nova conquista. Miudezas, “pequenices”- aos olhos de gente grande- mas que são carregados de significados, de descobertas, de felicidade.
É nesse cenário que trabalho e que me encanto dia após dia. Na alegria do encontro com inusitado, com a vivacidade das crianças, com as teorias construídas por nossos “pequenos”, com afetividade e generosidade que as crianças concebem o outro e o mundo a sua volta.


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