Entre
os muros da escola: um encontro com a felicidade
Costumo
dizer que a infância é a etapa mais bela e poética da vida. Tempo de sonhar,
acreditar no impossível, fantasiar e viver essa fantasia, brincar, ser feliz! Tenho
o privilégio de trabalhar com a educação infantil e a partir daí que escreverei
meu relato.
As
crianças por si só, já trazem consigo a felicidade e são justamente elas que
compõe o cenário educacional, junto dos professores e demais funcionários da
escola. Não estou tirando com isso o direito a tristeza da infância, o que
absolutamente comum, pois faz parte do processo da vida.
Nessa
riqueza de um encontro imprevisível, com múltiplos atores, com diferentes
especificidades, experiências e culturas é que está a alegria da escola.
Aprendemos, compartilhamos, trocamos, experienciamos, tentamos, fracassamos,
construímos, reconstruímos práticas e saberes baseados numa pedagogia
relacional.
As
interações entre os pares da mesma idade, das crianças maiores com as menores,
nos professores com alunos e demais funcionários, criam um ambiente riquíssimo
para que aprendizagem aconteça em todos os momentos da vida cotidiana. No
cotidiano nada é banal e as práticas cotidianas fazem parte do currículo na
educação infantil.
Percebo
a felicidade está nas delicadas tessituras da infância, como por exemplo – o
pequeno menino que encontra um tesouro no pátio em meio as pedrinhas do chão.
Ou quando, a menina que até então usava fraldas consegue fazer suas
necessidades no penico e sente-se muito feliz e gratificada com sua nova
conquista. Miudezas, “pequenices”- aos olhos de gente grande- mas que são
carregados de significados, de descobertas, de felicidade.
É
nesse cenário que trabalho e que me encanto dia após dia. Na alegria do
encontro com inusitado, com a vivacidade das crianças, com as teorias
construídas por nossos “pequenos”, com afetividade e generosidade que as
crianças concebem o outro e o mundo a sua volta.
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