“Infância soft”
O termo "infância soft" é proposto por Susana Rangel e Camila Bettin no texto "Retratos de uma infância contemporâneo: os bebês nos artefatos visuais". Essa infância é retratada como angelical, perfeita, despojada de tristezas,
como se a fase de ser bebê foi investida somente de alegrias. Nesse sentido, a
criança é vista como um ser inocente, belo, feliz por natureza. Essa infância,
geralmente, é representada por crianças brancas, de olhos claros, “fofinhas” e
rechonchudas.
Não
espaço para outras infâncias possíveis e, sem dúvida, existentes que permanecem
invisíveis na escuridão. Permeada por uma lógica que exclui e segrega os que
não se encaixam nos padrões do grupo, acaba vendendo produtos e concepções do
que é ser bonito, o que deve ser valorizado e o que não deve, apresentando um
padrão de corpo infantil que deve ser cuidado e mantido por uma estética
padronizada.
Fonte: BORGES, Camila Bettim; CUNHA Susana Rangel Vieira da. Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais. Textura, v. 17, n. 34, p. 99-111, 2015.
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