“Permitir que as crianças tenham acesso a
língua escrita através de um ato de carinho e respeito, rodeado de coisas que
não compreendem, mas que dão a vontade de compreender. Essa é uma das melhores
introduções a cultura escrita”. Emília
Ferreiro
Inicio
meu texto com essa fala significativa de Emília Ferreiro. Entre os diversos
fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem encontra-se a
afetividade. Dentre muitas instâncias que nos compõem- a afetividade é uma das
mais importantes. Sem afeto, ao meu ver, fica difícil de ensinar e aprender.
Muito
mais do que decifrar letras o processo de alfabetização é um complexo, gradual,
contínuo e progressivo, onde respeitar o outro –aprendente- é fundamental para
que tenhamos sucesso nessa difícil empreitada.
Acredito
em uma pedagogia relacional, marcada pelo ir e vir entre sujeito e objeto.
Sendo assim, ambos os lados se esforçam e se completam numa perspectiva
dialógica e rica. O carinho, o respeito, a escuta e olhar apurado são fatores
primordiais que todo o professor deve desenvolver ao longo de sua caminhada.
Compreender
a cultura do aluno, seus conhecimentos prévios, suas inquietações, acolher seus
questionamentos é o que enriquece o cotidiano em sala de aula. Um grupo de pessoas
com especificidades singulares, atravessados por discussões e trocas valiosas,
onde diferentes saberes se encontram, se complementam e se reconstroem
continuamente.
Trabalhando
com educação infantil, em especial com crianças muito pequenas, pude fazer uma
série de construções ao longo do semestre que forma de grande valia para afinar
meu olhar enquanto educadora da infância.
A
aprendizagem da leitura e escrita inicia-se meses após o nascimento. Todavia,
se desenvolve plenamente se houver uma atividade mediada. Dessa forma a
presença de uma pessoa alfabetizada é fundamental, no sentido de dividir seus
conhecimentos com alfabetizando. Penso em aprofundar meu olhar nesse sentido,
procurando textos, reportagens científicas sobre esse assunto, já que trabalho
com crianças muito pequenas.
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