segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


“Permitir que as crianças tenham acesso a língua escrita através de um ato de carinho e respeito, rodeado de coisas que não compreendem, mas que dão a vontade de compreender. Essa é uma das melhores introduções a cultura escrita”.  Emília Ferreiro
Inicio meu texto com essa fala significativa de Emília Ferreiro. Entre os diversos fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem encontra-se a afetividade. Dentre muitas instâncias que nos compõem- a afetividade é uma das mais importantes. Sem afeto, ao meu ver, fica difícil de ensinar e aprender.
Muito mais do que decifrar letras o processo de alfabetização é um complexo, gradual, contínuo e progressivo, onde respeitar o outro –aprendente- é fundamental para que tenhamos sucesso nessa difícil empreitada.
Acredito em uma pedagogia relacional, marcada pelo ir e vir entre sujeito e objeto. Sendo assim, ambos os lados se esforçam e se completam numa perspectiva dialógica e rica. O carinho, o respeito, a escuta e olhar apurado são fatores primordiais que todo o professor deve desenvolver ao longo de sua caminhada.
Compreender a cultura do aluno, seus conhecimentos prévios, suas inquietações, acolher seus questionamentos é o que enriquece o cotidiano em sala de aula. Um grupo de pessoas com especificidades singulares, atravessados por discussões e trocas valiosas, onde diferentes saberes se encontram, se complementam e se reconstroem continuamente.
Trabalhando com educação infantil, em especial com crianças muito pequenas, pude fazer uma série de construções ao longo do semestre que forma de grande valia para afinar meu olhar enquanto educadora da infância.
A aprendizagem da leitura e escrita inicia-se meses após o nascimento. Todavia, se desenvolve plenamente se houver uma atividade mediada. Dessa forma a presença de uma pessoa alfabetizada é fundamental, no sentido de dividir seus conhecimentos com alfabetizando. Penso em aprofundar meu olhar nesse sentido, procurando textos, reportagens científicas sobre esse assunto, já que trabalho com crianças muito pequenas.


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