Os
desafios de educar uma infância pós-moderna
Ser professor sempre foi um
desafio! Ser professor numa sociedade pós-moderna é um desafio ainda maior.
Educar uma infância pós-moderna é uma tarefa que nos exige muito como
profissionais e seres humanos.
Vivemos em uma sociedade permeada
por prazeres e desejos efêmeros, vazios, com um empobrecimento de significados
muito grande. Consumimos, num ritmo enlouquecedor, não há pausa para a
reflexão, a contemplação do belo. Parafraseando com Descartes– Consumo, logo existo!
Os desafios que a sociedade e a
cultura, que se modifica constantemente, pós-moderna nos apresenta é muito
grande. O culto a beleza e a juventude, a busca da felicidade, do status, da
realização dos desejos, do imediatismo e de tantas outras características que
caracterizam esse momento, acabam construindo sujeitos implicados nesses modos
de viver e significar a vida.
Em meio a tudo isso, está
imbricada a infância, produtora de culturas infantis ricas, mas ao mesmo tempo,
crianças que estão constituindo a sua estrutura psíquica, corporal... Crianças
que influenciam e enriquecem os meios onde vivem, mas que principalmente são
influenciadas pelo meio, por uma “cultura da mídia”. Onde o “ter” é mais
importante que o “ser”, onde o consumir não se restringe somente ao consumo de
bens materiais. Um consumo que produz significados e acaba os significando.
É preciso que enquanto educadores
da infância, tenhamos um olhar muito atento nesse sentido. De modo que ajudemos
a constituir sujeitos inteiros, movidos pela pulsão de vida. É preciso que
ampliemos os repertórios de nossos pequenos, mostrando novos horizontes
possíveis para além do consumo, do imediatismo, da falta, da lacuna.
A infância precisa ser cuidada e olhada de
maneira acolhedora, investida de significados permeados de amor e afeto, de
modo que levemos os nossos “pequenos” a questionarem as verdades dadas e
inquestionáveis. É preciso apreciar o belo, as nuances da vida.
Penso que assim estaremos construindo uma sociedade com sujeitos mais livres, humanizados, com compreensão empática e principalmente com uma estrutura “egóica” mais fortalecida. Lutemos por uma sociedade mais iluminada e saudável!
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