domingo, 29 de outubro de 2017

Reflexões acerca do impacto das redes sociais na vida das pessoas

Indubitavelmente, estamos vivendo numa sociedade marcada pelo individualismo e egocentrismo. Nesse sentido, assistir o vídeo: “O impacto das redes sociais na vida das pessoas”, proferido por Leandro Karnal foi interessante para um melhor entendimento da sociedade na qual estamos inseridos.
Conforme Karnal comentou, estamos vivendo a era do indivíduo, onde o EU absoluto ocupa papel central, atravessado por estrutura narcísica. O ser humano se torna cada dia mais intolerante, impaciente, apressado sem se permitir uma pausa para reflexão e contemplação- ações tão importantes ao logo da vida. E isso se reflete na escola.
Consumimos num ritmo enlouquecedor, desejamos exacerbadamente. Vivemos num mundo líquido, tal como afirma Bauman, e em consequência disso, nossa forma de se relacionar também se tornou um tanto quanto fluída, assim como se apresenta nas redes sociais.
Nesse sentido, podemos dizer que as redes sociais são o reflexo de uma série de questões que marcam nossa sociedade pós-moderna. Elas nos oferecem excesso de informações as quais não fazemos uma leitura apurada, reflexiva e crítica, uma ampla gama de “amigos” com os quais podemos nos conectar ou desconectar com facilidade, dentre tantos outros aspectos. 



A Educação de Pessoas com Necessidades Especiais- histórico e avanços

A disciplina de “Educação de Pessoas com Necessidades Especiais” tem sido muito rica e significativa. Parabenizo as professoras pela escolha do vídeo: “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil”, bem como o texto: “ História Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência” para dar início aos nossos estudos e reflexões. Quanta riqueza guardam esses materiais os quais me prenderam a atenção e me levaram a realizar uma leitura minuciosa.
Confesso que não conhecia a história das pessoas com deficiência, muito menos o seu movimento no Brasil. Conforme foi apresentado no vídeo, até 1979, os deficientes eram invisíveis na sociedade brasileira, vivendo institucionalizados ou reservados ao ambiente familiar.
O apanhado histórico realizado foi muito significativo retomando essa trajetória histórica desde o Brasil Imperial, ressaltando a criação do Instituto Benjamin Constant. Ali dava-se o início ao processo de inclusão das pessoas com deficiência visual na sociedade, ainda que fosse numa lógica assistencialista.
Precisamos ressaltar que houve um avanço significativo no Brasil no que se refere a conquista de direitos as pessoas com deficiência, mas há um longo caminho a percorrer para que de fato essas pessoas sejam incluídas na sociedade de maneira plena. No contexto escolar, na maioria das vezes, o que ocorre é uma integração e não uma inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais.
O texto fez uma belíssima retomada histórica - desde a Pré-História, passando pela Antiguidade, Idade Média, Idade moderna e, Idade Contemporânea, contextualizando a trajetória do atendimento a pessoa com deficiência. A partir dessa leitura, é possível compreender todo o histórico de sofrimento, negligência e invisibilidade que essas pessoas passaram ao longo dos anos.
Todavia, também é possível entender que com a empreendimento de esforços, e muitas lutas legitimaram- se como atores sociais. Muito já foi feito em termos de avanços e conquistas de direitos, mas precisamos prosperar ainda mais.

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Referência:
História Geral do Atendimento à Pessoa com Deficiência Texto retirado de: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.



Povos indígenas: conhecer para compreender

É fato constatável que há um desconhecimento muito grande no que se refere a cultura indígena. Dessa forma, assistir o vídeo: “ Povos indígenas: conhecer para valorizar”. Foi rico e elucidador de muitas verdades prontas e acabadas que acabamos consumindo e reproduzindo.
Com uma riqueza de falas de diferentes especialista e estudiosos da cultura indígena, foram apresentadas quatro ideias equivocadas sobre os indígenas. A primeira delas é a de que: “Índio é tudo igual”. Sendo assim, os especialistas relatam que temos inúmeras etnias no Brasil, que cultuam deuses diferentes, com línguas e especificidades culturais próprias.
O equívoco dois se refere a seguinte questão: “Índio é atrasado e primitivo”, sendo que esquecemos que carregam saberes seculares que foram e são transmitidos oralmente de uma geração a outra. Saberes ricos e carregados de significados que os tipificam dentro de uma cultura singular.
O terceiro equívoco é o de que o: “Índio parou no tempo”. A ideia romantizada que perpetua acerca dos povos indígenas é equivocada e não condizente com a realidade.
Assim, precisamos levar em conta a noção de história e de tempo, tendo a visão de que a cultura indígena não é algo estático ou congelado. E, por fim é introduzido o quarto equívoco de que: “Índio é passado”. Compreender a historicidade desse povo, tendo um olhar atento e apurado para o índio contemporâneo são ações fundamentais.





Cultura afro brasileira e indígena


Apesar de contarmos com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que concedem a obrigatoriedade da cultura afro brasileira e indígena no âmbito escolar, não é assim que ocorre na prática. Trago essa fala da minha própria experiência como professora ao longo de anos.
Muitas vezes, essas temáticas tão importantes e essenciais ficam relegadas ao esquecimento, sendo lembradas apenas nas datas comemorativas como Dia do Índio e da Consciência Negra. Nesse sentido, não generalizando, mas em grande parte das escolas- são feitos trabalhos pobres e descontextualizados.
Essas culturas ricas e imprescindíveis para compreendermos os diferentes contextos culturais da humanidade, aquilo que nos diferencia e nos une enquanto seres da mesma espécie, aquilo que significa e traduz muitos de nossos hábitos e atitudes- é deixado de lado. Não raro nos deparamos com discursos e concepções rasas, superficiais, estigmatizadas e preconceituosas.

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