sábado, 18 de junho de 2016

Resgatando as vivências do brincar

Propor atividades lúdicas e prazerosas, aprendemos lá na formação inicial do magistério. Entretanto, a disciplina “Ludicidade e Educação” está trazendo um novo olhar acerca do brincar a partir de uma perspectiva teórica rica e diversificada.
No último encontro, experenciamos duas dinâmicas: “A teia” e “Escravos de Jó” (cantado, mudo e murmurado). E, como foi bom brincar! Colocar o corpo em movimento e simplesmente brincar.
Na correria cotidiana, com as atribulações do trabalho, afazeres domésticos e tantas outras atividades que realizamos ao longo do dia, deixamos de lado nossa capacidade “brincante”, que é uma das mais lindas interfaces do ser humano.
Adormecemos nossos corpos e porquê não dizer mentes em nome de nos tornarmos adultos sérios e respeitáveis.   Trago a fala de Exupéry, em sua obra O Pequeno Príncipe, retomando que: “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso. ”
Ao mesmo tempo, me fez pensar na importância de os docentes vivenciarem na prática os jogos e brincadeiras que irão propor para seus alunos. Perceber as dificuldades, os diferentes modos de jogar/brincar, as possíveis conexões, relações e trocas é fator importantíssimo. Colocar-se no lugar brincante, tal como o aluno, permitir-se aprender, vivenciar novas situações, trabalhar em equipe, exercitar a empatia...
Enquanto professores necessitamos estar atentos ao brincar e sua importância para o desenvolvimento pleno e saudável das crianças. O brincar, tal qual as crianças, é a vida pulsante em suas diferentes formas. Então, permitir diversos momentos lúdicos é fundamental!
Trabalhando com Educação Infantil, trago comigo a importância do brincar, principalmente o brincar livre! Nossas crianças necessitam experimentar, descobrir, sentir, vibrar e aprender sobre o mundo, sobre o outro, sobre si, e é através da linguagem do brincar, uma linguagem potente e e universal, que vivenciará tudo isso.

 

Referência:

SAINT-EXUPERY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Disponível em: <http://www.deixemecontar.com.br/cotidiano/14-frases-de-o-pequeno-principe-que-so-os-adultos-entenderao/ >. Acesso em: 13 jun 2016

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Musicalidade e infância(s)

A experiência realizada no último encontro da disciplina “Música na Escola”, foi muito interessante e significativa. Passar por um processo de decodificação de partituras foi muito rico e significativo.
Ritmo, melodia, entonação foram alguns conceitos trabalhados em aula, o que me permitiu vivenciar na prática, aquilo que ainda era muito abstrato para mim. Decodificar, em grupo, as partituras, nos aproximou enquanto colegas e promoveu uma reflexão sobre a musicalidade e seus desdobramentos.
Problematizar as práticas musicais, a importância de um profissional qualificado para ministrar as aulas são fatores que fazem a diferença no cotidiano escolar. Muito mais do que fazer “barulho” é preciso um olhar atento e aprofundado na questão musical.
Apesar de estarmos amparados legalmente pela Lei Nº 11.769 de 18 de agosto de 2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica, apresentamos uma lacuna nesse sentido. Digo isso, pois a formação musical dos docentes, em sua grande maioria, encontra-se enfraquecida e deficitária.
Infelizmente, as artes, a musicalidade, são áreas do conhecimento que ficam marginalizadas nas escolas, ocupando um lugar de segundo plano. Priorizam-se outras áreas de conhecimento em detrimento a essas.  E, isso é muito preocupante!
Muito mais do que uma sala com instrumentos musicais, é preciso pensar no tempo, no espaço e nos materiais necessários para que se desenvolva essa linguagem tão importante. Infelizmente, esse ano não contamos com o projeto de música na minha escola, uma EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil que atende a faixa etária de 0 a 3 anos.

Referência:

Lei Nº 11.769 de 18 de agosto de 2008.





sábado, 4 de junho de 2016

A boniteza da profundidade literária

A Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem me provocou a repensar sobre as diferentes nuances que a literatura provoca nos seres humanos. Desde muito cedo, sempre tive presente em meu cotidiano a presença de livros e de cuidadores que com paciência e carinho, me recontavam contos de fadas, fábulas e causos de vida.
Lembro-me que meus olhos brilhavam, ao ouvir as histórias de infância do meu querido avô Ary, hoje falecido, das suas brincadeiras favoritas, de uma infância há muito vivida, mas carregada de sonhos, ilusões e aromas vivos e eternizados.
Me encantava suas brincadeiras simples, todos ocorridas ao pé da rua ou então na chácara ao som dos pássaros, calor do sol, vento das árvores, terra molhada. E quanta criatividade, para criarem seus repertórios de brincadeiras, vovô e seus amigos construíam seus brinquedos.
A literatura, tal qual as histórias e causos contados pelo meu avô é encantadora! Traduz em palavras aquilo que, por vezes, parece indizível. Transpõe sentimentos, provoca assombramentos, desacomodações de crenças e pontos de vista, dúvidas, alegria, nos faz sonhar.
Poderia ficar enumerando as benesses da literatura em nossas vidas, mas trago o nosso olhar para escola, onde diariamente costumo apresentar os mais diferentes gêneros textuais para meus alunos.
Da alegria do encontro com figuras grandes e coloridas, acompanhados dos enredos das diferentes histórias, os pequenos rapidamente se acomodam no tapete da sala para esse momento de deleite. Olhos brilhantes, corpos pulsantes vibram a cada dia com o mundo fantástico da literatura.