quinta-feira, 26 de abril de 2018


Curta: Escolas democráticas

O presente curta esboça o típico retrato de uma escola tradicional. Alunos enfileirados, sentados em silêncio, com corpos engessados, escutando ou melhor “recebendo” (teoricamente) os conhecimentos proferidos pelo professor. O tempo parece transcorrer sempre da mesma maneira. Mudam-se as aulas, mas a forma de ensinar ou os modelos pedagógicos e epistemológicos seguem sendo os mesmos.
Assim, existe uma pedagogia capitalista implícita, nivelada em um currículo oculto, mas vivenciada diariamente. Ela marca nossas crianças desde a mais tenra idade. Nessa lógica, é preciso produzir, aprender com precisão, ser rápido, competitivo.  
Desta maneira, morre nossa criatividade, a capacidade de apreciar o belo, o simples, o inusitado, de viver a vida em sua plenitude. A cena da criança encantada com a borboleta e logo sendo reprendida pela professora é um exemplo claro disso.
Por outro lado, em outro momento, é abordado o desinteresse dos alunos que estão atentos em seus celulares, assuntos e brincadeiras enquanto o professor faz verdadeiros “malabarismos” na tentativa de buscar a atenção dos discentes sem obter nenhum sucesso.
Silva (2005), expõe a pertinente crítica feita por Freire ao currículo tradicional, que se caracterizaria como uma “educação bancária”. Nessa perspectiva, o conhecimento é algo que existe fora, onde o professor tem um papel ativo enquanto os alunos são receptores passivos.





SILVA, Tomaz Tadeu. Pedagogia do Oprimido versus Pedagogia dos Conteúdos. Educação, Sociedade e Culturas, nº 23, 2005, 207-2014.