Curta: Escolas
democráticas
O presente curta esboça o típico retrato de uma escola tradicional.
Alunos enfileirados, sentados em silêncio, com corpos engessados, escutando ou
melhor “recebendo” (teoricamente) os conhecimentos proferidos pelo professor. O
tempo parece transcorrer sempre da mesma maneira. Mudam-se as aulas, mas a
forma de ensinar ou os modelos pedagógicos e epistemológicos seguem sendo os
mesmos.
Assim, existe uma pedagogia
capitalista implícita, nivelada em um currículo oculto, mas vivenciada
diariamente. Ela marca nossas crianças desde a mais tenra idade. Nessa lógica,
é preciso produzir, aprender com precisão, ser rápido, competitivo.
Desta maneira, morre nossa criatividade, a capacidade de apreciar o belo,
o simples, o inusitado, de viver a vida em sua plenitude. A cena da criança
encantada com a borboleta e logo sendo reprendida pela professora é um exemplo
claro disso.
Por outro lado, em outro momento, é abordado o desinteresse dos alunos
que estão atentos em seus celulares, assuntos e brincadeiras enquanto o
professor faz verdadeiros “malabarismos” na tentativa de buscar a atenção dos
discentes sem obter nenhum sucesso.
Silva (2005), expõe a pertinente crítica feita por Freire ao currículo
tradicional, que se caracterizaria como uma “educação bancária”. Nessa perspectiva, o conhecimento é algo que
existe fora, onde o professor tem um papel ativo enquanto os alunos são
receptores passivos.
SILVA,
Tomaz Tadeu. Pedagogia do Oprimido
versus Pedagogia dos Conteúdos. Educação, Sociedade e Culturas, nº 23,
2005, 207-2014.