quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Oficina de produção textual

Escrever textos nunca foi tarefa fácil ou terminada em si mesma. Dos desafios de compor uma escrita coerente e sustentada por um referencial teórico consistente, se encontram os problemas de muitos graduandos e graduandas.
Conforme a professora Ivani de Souza Àvila comentou em aula, a palavra texto advém de tecer palavras. Tecer palavras é quase como uma arte que exige reflexão, (re) construção e autoria de pensamento.
Para além de mero repetidores, necessitamos criar nossos saberes e teorias sobre aquilo que nos circunda. O fazer docente nos impele a autoria, a nos posicionarmos crítica e reflexivamente.
Todavia, nem sempre é isso o que acontece. No cotidiano escolar, não raro, nos deparamos com professores estagnados, desanimados, e pouco criativos em seus fazeres e práticas. E quando o assunto envolve escrita, muitos demostram repulsa, alegando “não saber escrever”.
Nesse sentido, são poucos os que se atrevem a “tecer palavras” com gosto e prazer. Dessa maneira, me pergunto: como um professor que não gosta de escrever pode despertar em seus alunos tal paixão e encantamento pelo mundo da escrita?
Portanto, acredito que a oficina de produção textual, proposta pela professora Ivani de Souza Ávila foi de grande valia. Através dessa proposta simples, pudemos vivenciar processos criativos de produção escrita, saindo de uma perspectiva de um “não saber” para uma abertura de possibilidades no mundo das palavras.

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sábado, 2 de setembro de 2017

A docência na educação infantil: enfrentando preconceitos


Ser professor nunca foi uma função fácil, seja na educação básica ou superior. O nível de complexidade que esse fazer exige é grande: planejar, executar, perceber os modos de aprender e aprimorar seus modos de ensinar, refletir, perceber as especificidades de cada aluno, dentre tantos outros.
Nesse sentido, poderíamos dizer que ser professor é um eterno desafio, afinal trabalhamos com seres humanos onde as interações e relações se fazem presente diariamente.  Além do que à docência ainda é muito desvalorizada no território brasileiro.
Professores mal remunerados, por vezes tendo que trabalhar sessenta horas semanais, falta de prestígio e respeito, são apenas alguns exemplos que retratam o cenário educacional, no que se refere ao professorado no Brasil. Todavia, o professor de educação infantil (que atende a faixa etária dos 0 aos 6 anos), enfrenta maiores dificuldades. Conforme Barbosa (2016, p.132): “Uma docência que se caracteriza por ser indireta, por ser relacional, por não ministrar aulas, por não estar centradas em conteúdos disciplinares, por estar com as crianças e não controlando-as”.
Com uma docência bastante particular e ainda sendo desvendada, o educador infantil, passa por uma série de preconceitos, que desfazem o seu importante papel na formação da sociedade. Digo isso por experiência própria que ao longo de minha trajetória enquanto professora da infância tive que ouvir inúmeras barbáries, tais como: professora de educação infantil só brinca; só cuida; é fácil pois não tem grandes desafios...
Desta maneira, trago a importância dos professores- em especial os de educação infantil- se empoderarem de seu saber e de seu fazer. Nesse sentido, é de extrema relevância a formação continuada, a reflexão e a reconstrução de saberes ao longo de sua trajetória profissional.


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REFERÊNCIA
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Três notas sobre a formação inicial e a docência na Educação Infantil. In:CANCIAN, Viviane Ache; GALINA, Simone Freitas da Silva; WESCHENFELDER, Noeli (orgs).  Pedagogia das infâncias, crianças e docências na educação infantil. Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2016.